Autor(a): John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 283
Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Minha Opinião:
Nossa, demorei a ler esse livro, mas foi uma demora intencional.
Relutei em me despedir da história e dos personagens que gostei e me envolvi
tanto e nesse momento estou sofrendo de DPL (depressão pós livro). Não me lembro de ter ficado tão triste
com o fim de um livro, por mais que eu esteja amando um livro geralmente não é
tão difícil ler a última página, mas nesse caso foi. E não é pela
história em si, mas.. sei
lá, só sei que A
Culpa é das Estrelas se tornou
um dos meus livros favoritos.
O livro é narrado por Hazel Grace, ela é uma adolescente de
dezesseis anos que sofre com um câncer terminal desde os treze, mas
engana-se quem pensa que ela tem pena de si mesma, pelo contrário! Logo nas
primeiras páginas conhecemos a personalidade de Hazel, ela é inteligente,
divertida, sarcástica e mesmo com suas inseguranças e
limitações, vive tranquilamente acompanhada do Felipe
seu inseparável concentrador de oxigênio. A pedido dos pais que
sofrem por ver a filha sempre em casa e sem amigos, Hazel frequenta um Grupo de
Apoio onde outros jovens compartilham suas experiencias
e lutas com a doença e de certa forma, a própria morte. Ela não é
do tipo que se importa em agradar aos outros (com exceção dos seus
pais) vive tentando afastar as pessoas porque se sente uma granada prestes a
explodir.
"Eu sou tipo. Tipo. Sou tipo uma granada, mãe. Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá?"
E essas são apenas algumas características que te faz
adorar a Hazel desde o primeiro momento, ela é simplesmente demais e não tem
como você não se encantar por ela!
Em uma reunião do Grupo de Apoio ela conhece o Augustus
Waters, um jovem de dezessete anos que teve uma "uma pitada de osteossarcoma
um ano e meio atrás" e que
nesse dia, foi na reunião para acompanhar seu amigo Isaac que já frequentava o
grupo a mais tempo e por causa do câncer perdeu um olho, Isaac é
outro personagem bacana e no começo da narrativa é o que chega a ser mais
próximo de um amigo para Hazel. "O Isaac e eu nos comunicávamos quase exclusivamente
por meio de suspiros.." E a química entre Hazel e Augustus é envolvente e
imediata.
Mesmo hesitante - e também porque o Augustus consegue ser fofo e
bem convincente - Hazel vai cedendo e eles começam uma relação linda. O
Gus é incrível e eles são perfeitos juntos, os diálogos são
demais, cheios de sarcasmo, o humor negro é muito presente nas conversas, como
uma válvula de escape, mas também tem aqueles momentos sérios, de
reflexão sobre a vida, a doença e a morte. Mesmo com o câncer presente
como uma sentença de morte ambos fazem o possível para
viver como adolescentes normais, eles
leem, jogam videogame, têm duvidas e compartilham aquele amor que só existe
quando um é perfeito para o outro.
Os demais personagens também são presentes da forma certa
na narrativa, eles são cativantes cada um de uma maneira particular e
emocionante, seja Isaac com sua desilusão amorosa, ou a amizade que nasce entre
Augustus, Hazel e Isaac, os pais com seus dilemas e inseguranças em relação aos
filhos, enfim, são todos muito bem construídos e encantadores.
John Green escreve cada
linha desse livro de uma forma brilhante e maravilhosa. Não é uma narrativa que
fala apenas sobre o câncer, é bem mais profundo. Ele mostra como
os adolescentes vivem e sobrevivem com a doença e como eles não
querem ter a pena das pessoas, mas sim serem vistas como seres humanos fortes e
não como vitimas. A Culpa é
das Estrelas fala de amor, de
dedicação, de força, de amizade, de vontade de viver, de paixão, de
relacionamentos, de encarar as perdas, da vida e é claro, da morte.
O autor nos faz pensar sobre o significado da vida, nos faz
refletir e definitivamente nos leva a "viver
o melhor das nossas vidas hoje!"
O Markus Zusak tinha toda razão quando disse que você vai rir, vai chorar e ainda
vai querer mais!
Sinceramente, creio que minha resenha não conseguiu
expressar tudo o que sentir durante a leitura, o livro é apaixonante, e eu
recomendo para todas as idades essa narrativa maravilhosa. *-*
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